para nascer nasci
para nada
para amealhar nuvens
guardar no silêncio das mãos
o silêncio das madrugada
não há o que costure
esse peito aberto
essa veia aberta
esse poema eternamente roto?
deixo meu rosto na chuva
e no fogo
sou sempre duas
ao me olhar no espelho
como um navio assombrado
tão lentamente a palavra rara
anel de vento em nenhum dedo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário